Ritual das Deusas Hécate e Brigit

HÉCATE vem transformando todos aspectos negativos do nosso Eu Interior e do nosso ambiente, em uma energia purificadora e harmonizadora. Cortando toda inveja, maus conselhos, brigas, levantando este véu escuro que possa vida, essa espécie de névoa cinzenta que parece estar impedindo que nosso objetivo dêem certo, fazendo que nossos passos mesmo que caminhemos, nunca nos levem a lugar nem um.  Pois tudo isso atrapalha a nossa prosperidade.

BRIGIT nos faz sonhar com a prosperidade sentimental ou financeira ate mesmo familiar, visualizando a cura mental, emocional, física e material.  A cura é fundamental para nosso caminho, não da para prosperar uma situação que já anda doente. Seja emocional  ou financeira. Temos que curar e libertar de magoas, rancores, amarras, insegurança, tudo que nos faz sentir pequenos perante a nós mesmo.

 

kécate

Senhora das Encruzilhadas

Hécate é uma Deusa que tem inúmeros atributos e provavelmente seja a Deusa menos compreendida da religião grega. Ela não reina apenas sobre a Bruxaria, a morte, mas também sobre o nascimento, o renascimento e a renovação.

Ela era invocada pelos gregos para protegê-los dos perigos e das maldições.

Hekat, uma antiga palavra egípcia que significa "Todo o poder", pode ser a origem do nome Hécate. Entre os romanos era chamada de Trívia, em virtude de sua conexão com as encruzilhadas tríplices. Outras possibilidades para o significado de seu nome são "Ela que trabalha seu desejo" e o mais comum seria "Aquela que é distante" ou "A mais brilhante".

Hécate foi adotada pela mitologia olímpica após os Titãs serem derro­tados, e seu culto perdurou entre os gregos até tempos tardios. Era consi­derada tão importante que os gregos acreditavam que o próprio Zeus lhe rendia culto e oferendas e teria-lhe concedido o direito de compartilhar com ele o poder de conceder ou reter os desejos dos humanos e os domínios da Terra, céus e mares.

Existiram pouquíssimos templos devotados a Hécate e os poucos que foram encontrados são escassa ou não totalmente documentados. Muitos dos santuários devotados a ela eram pequenos e não tinham grandes ou preciosos materiais.

Considerada uma Deusa Tríplice, classicamente fazia uma trindade com Perséfone e Deméter. Ao contrário da visão moderna pagã, Hécate era considerada a Donzela, enquanto Perséfone era a Mãe e Deméter a Anciã.

Hécate era invocada nas encruzilhadas durante à noite. Suas repre­sentações mostram-na carregando tochas e muitas vezes é uma Deusa Tríplice, com três faces. Oferendas eram deixadas a ela nas margens das estradas e nos cruzamentos. Era a padroeira das Bruxas e em alguns lugares da Tessália, cultuada por grupos exclusivos de mulheres sob à luz da Lua.

A Deusa possuiu inúmeros títulos.

Como Propylaia, que significa: "Aquela que fica na frente do Portão", Hécate oferecia proteção contra o mal, especificamente contra espíritos malignos e maldições. Neste aspecto, seu culto era realizado nos portões de entrada, onde estátuas eram colocadas em sua homenagem.

Como Propolos, "A criada que conduz", Hécate servia como uma serviçal e guia de outras divindades nos mitos. Sua mais famosa aparição com esta função encontra-se no mito de Perséfone, onde ela conduz Deméter até o submundo com sua tocha para resgatar a filha da Deusa dos Grãos, sequestrada por Hades.

Como Phosphoros, "Aquela que traz a luz", um de seus títulos mais comuns, ela é a portadora da tocha. Outros Deuses também apareciam algumas vezes carregando uma tocha, mas somente ela trazia duas delas nas mãos. Pouco se sabe por que era essa sua função, mas a explicação mais popular é que, como Phosphoros, Hécate está associada à Lua. Outra versão é que o nome Phosphoros é dado a Vénus como estrela da manhã e Hesperos, como estrela noturna. Talvez as duas tochas representem as duas "estrelas", como filhas cia noite, Nyx.

Como Kourotrophos, "Aquela que cuida das crianças", Hécate estava associada às parteiras e era responsável pelo nascimento, já que os poderes que trazem à vida são os mesmos que levam à morte.

Como Deusa da Terra ela recebia o título de Chthonia, que significa simplesmente "da Terra", em que ela está associada aos poderes da prática da magia e suas relações com outros Deuses da Terra, como Hermes e Perséfone, e ao seu aspecto de Anciã e Senhora do Submundo.

Chamada de "Senhora das Encruzilhadas", eram nelas que a Deusa era cultuada. Nesses lugares, estátuas eram erigidas em sua homenagem e oferendas eram deixadas para aplacar a ira da Deusa. As oferendas eram feitas no silêncio da noite, nas noites de Lua Cheia. Esse ritual era conhecido como "O Banquete de Hécate".

Hécate eram abençoados com inspirações e realizações de desejos. Como aquela que envia as visões noturnas era chamada de Hécate Antea.

Foi só durante a Idade Média que Hécate passou a ser conhecida como . a rainha dos fantasmas e foi diabolizada pelas autoridades cristãs. Até então era considerada a Senhora de Toda Magia, conhecedora de todos os mistérios da vida, da morte e do renascimento

 

Brigit

 

Brigit é uma antiga Deusa Tríplice do Fogo, venerada nos tempos anti­gos por toda Bretanha e Europa. Ela está particularmente associada ao Imbolc, o primeiro dos quatro grandes festivais célticos do ano. Preside o fogo, a beleza e todas as artes.

Foi sugerido que o nome Brigit originalmente significasse apenas Deusa e era conferido a todas as Deusas das ilhas irlandesas e britânicas. Na forma irlandesa o nome Brigit vem de Brig, que signifca "alta" ou "exaltada". Outros afirmam que Brigit vem de Breo-Saigit, "flecha flamejante".

Também é chamada de Bride, Brigit e Brighde, simbolizando os três dife­rentes tipos de fogo e por isso muitas vezes chamada de as Três Damas Abençoadas ou as Três Mães. Ela é o Fogo da Inspiração, a Musa, a Deusa da Poesia falada pela fonte sagrada.

Por ser a Deusa das Fontes Curadoras, há muitas fontes de Brigit por toda a Bretanha, onde suas águas podem ainda ser bebidas. As pessoas podem imergir nas águas curadoras que contêm minerais e a sua vibração ígnea.

A Deusa celta da lareira, da casa e da arte da forja é outra apresentação sua. Nos tempos antigos a lareira era o coração das casas, a fonte de luz, calor e alimentação. Uma nova casa não era considerada um lar até que uma chama de Brigit fosse acesa na lareira.

Brigit também é a Deusa da Forja, a ígnea arte alquímica de moldar metais e criar belezas com eles. .

Brigit é uma Deusa do Sol, conhecida na Irlanda como Bride dos Cabelos Dourados e Bride das Colinas Brancas, e na Escócia como Bride das Claras Palmas e Maria dos Galeses.

Como Noiva (Bride = noiva em inglês) ela é a Deusa original que todos os noivos honram quando desejam casar-se.

Brigit possui quatro animais sagrados - a cobra, a vaca, o lobo e o abutre. A Cobra é a "Serpente Criadora" que era guardada em seus san­tuários, onde seus oráculos eram revelados aos homens. O segundo animal, a Vaca Sagrada, com seu abundante leite, nutre adultos e crianças.

Em seu terceiro aspecto ela é conectada com o lobo, um dos animais totem das ilhas britânicas. Em seu aspecto de Deusa da Morte ela está asso­ciada ao Abutre da Morte e outras aves de rapina.

A festa de Brigit se inicia no começo de fevereiro no hemisfério Norte e no início de agosto no hemisfério Sul, entre o Inverno e a Primavera.

Imbolc significa "no leite", já que este sabbat é celebrado no período em que as ovelhas e vacas se encontram em seu período de lactação. Nesse dia, os primeiros raios de Sol de Brigit iluminam os dias escuros do Inverno. Nesse momento Brigit espalha seu manto sobre a Terra uma vez mais. Dizia-se antigamente que "Brigit é aquela que sopra a vida na boca do Inverno morto".

Brigit assumiu inúmeros aspectos e atributos através dos tempos. Suas três cores sagradas são o vermelho, o laranja e o verde. Cada uma dessas cores representa um dos atributos de Brigit. O vermelho simboliza o fogo da forja, da lareira que aquece e alimenta. O laranja representa a luz solar, pois antes da ascensão patriarcal de Deuses como Bel e Lugh ao patamar de Deuses solares, era a Brigit que o Sol era consagrado. O verde representa as fontes e ervas que curam, no papel de Brigit como Curandeira.

Ela é uma Grande Deusa celta e pode ser invocada para todos os momentos, tantos foram os seus atributos e funções.

 

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Claudiney Prieto